XXXIV Congresso Nacional de Coloproctologia

20 e 21 de Novembro de 2025

Fórum Braga

Apresentação do XXXIV Congresso Nacional de Coloproctologia

Caros Colegas,

É com grande entusiasmo que anuncio o XXXIV Congresso Nacional de Coloproctologia – Desafios em Coloproctologia na Era Digital, a realizar-se na histórica cidade de Braga, nos dias 20 e 21 de Novembro de 2025.

Este congresso representa uma oportunidade única para a comunidade médica, reunindo especialistas de renome para a discussão de temas inovadores e fundamentais na nossa especialidade. Um dos focos centrais deste ano será a integração da inteligência artificial na prática clínica, um desenvolvimento que, sem dúvida, tem o potencial de transformar a abordagem diagnóstica e terapêutica na coloproctologia. A interdisciplinaridade e a inovação tecnológica serão, assim, pilares essenciais deste encontro.

O programa inclui uma série de palestras científicas proferidas por autores de destaque, workshops práticos e sessões de debate que irão ter por objetivo a discussão das mais recentes evidências e práticas clínicas. Estas interações facilitarão a troca de conhecimento, promovendo um ambiente colaborativo para o avanço das nossas competências profissionais.

Convidamos todos os colegas a participar ativamente, contribuindo com as suas experiências e perspetivas. Acreditamos que este congresso será um marco na promoção da excelência na Coloproctologia, abrindo caminho para o desenvolvimento de novas estratégias que podem beneficiar diretamente os nossos doentes.

Juntos, podemos explorar as fronteiras da Coloproctologia contemporânea e preparar o terreno para o futuro da nossas Especialidades.

Estamos ansiosos para vos receber a todos em Braga, onde a fusão da Ciência e a paixão pela Coloproctologia irá ser uma realidade.

Marisa Santos
Presidente do XXXIV Congresso Nacional de Coloproctologia

Desde a frequência da Cadeira de Propedêutica Cirúrgica que com alguma surpresa me descobri fascinado pela fisiopatologia do aparelho digestivo e muito especialmente do seu segmento distal e digo "com alguma surpresa" porque desde a minha primeira decisão vocacional que me levou ao curso de Medicina a minha convicção era que seria Psiquiatra.

Sempre me divertiram as minhas próprias incoerências e essa curiosidade que não conseguia controlar e que era tão diametralmente oposta àquilo que pensava ir ser a minha área de especialidade foi-me suscitando dúvidas que ficaram completamente desfeitas na minha primeira aula prática no Hospital Conde Ferreira em que uma turma de jovens universitários sonhadores foi introduzida à Psiquiatria assistindo a uma sessão de terapêutica electro convulsivante aplicados a uma jovem, de pele tão branca quanto a sua camisa de noite e que se deixara conduzir apática e docilmente à mesa de tratamento. O espetáculo da brutalidade da convulsão induzida fez-me decidir, que por ali não iria.

Nesses distantes anos 70 ainda a Gastrenterologia não era considerada uma especialidade autónoma não passando de um capítulo da Medicina e na prática do dia a dia era normal serem encaminhados para os Cirurgiões todos os doentes com queixas do foro digestivo.

Só mais tarde foi formado o Colégio de Especialidade de Gastroenterologia e tal não aconteceu sem uma inúmera admissão por consenso de Cirurgiões...

As ulceras pépticas e a doença inflamatória intestinal eram de tratamento cirúrgico assim como as doenças oncológicas do aparelho digestivo tinham como único recurso terapêutico a cirurgia.

Enquanto os Cirurgiões iam repetindo os mesmos gestos propostos e ensinados no século XIX as especialidades médicas desencadearam uma autêntica revolução na Medicina.

Os bloqueadores da secreção ácida tornaram obsoletas as vagotomias e as gastrectomias, a doença inflamatória encontrou terapêuticas médicas que com eficácia igual ou melhor poupavam aos doentes as mutilações a que eram tradicionalmente sujeitos. A Oncologia deixou de ser exclusivamente cirúrgica para se tornar obrigatoriamente multidisciplinar com uma melhoria dramática nos resultados. Os progressos na compreensão das doenças funcionais e do seu tratamento foram igualmente revolucionários

Havia desabafos catastrofistas de grandes nomes da Cirurgia Portuguesa que vaticinavam um futuro sombrio perante esta esta evolução dizendo na maior aflição que "qualquer dia não tínhamos doentes para operar"!!!!!!!

Tal como aconteceu na Cardiologia e na Cirurgia Vascular com as abordagens intra luminais também aqui, a evolução da endoscopia digestiva abandonando a limitação dos tubos rígidos para a fibra ótica permitiu abordagens diagnósticas insuspeitadas assim com intervenções de Cirurgia Endoscópica, e a Cirurgia Digestiva passou de especialidade mãe a um capítulo da Gastrenterologia.

Foi à constatação desta evolução científica e técnica que se deveu a necessidade absoluta do aparecimento da Sociedade Portuguesa de Coloproctologia.

Tão simples quanto isto! Cirurgiões digestivos e Gastrenterologistas eram irresistivelmente atraídos pela absoluta complementaridade das suas áreas de atuação.

Ao contrário da antiga visão paternalista da medicina...os doentes não são nossos...nós é que somos dos doentes e foi o seu interesse que nos obrigou a pensar e trabalhar em conjunto.

Desde o início segui convosco esse caminho tendo desempenhado todos os cargos para que fui sucessivamente solicitado até ser Presidente e tenho a alegria de reconhecer a SPCP cada vez mais dinâmica e cada vez mais viva.

O convite que me fizeram para Presidente de Honra do Congresso comove-me ..., mas a honra é daqueles que na Direção não esquecem os que os antecederam.

Pedro Correia da Silva
Presidente de Honra do Congresso

Programa

Inscrição

Submissão de Trabalhos

Local do Evento e Contactos

Morada
Fórum Braga
Telefone

262 757 700 (Chamada para Rede Fixa Nacional)